quinta-feira, 12 de abril de 2012

iPhone, iPod Touch, iPad - e suas diferenças

iPhone

Para muitos o iPhone é classificado como “smartphone“. Para este que escreve na verdade é outra coisa: é um computador de mão que faz chamadas telefônicas. A razão é que não há como encobrir o fato que em condições tupiniquins de operação, qualquer Motorola Razr de 6 anos de idade tem recepção de sinal celular melhor que a do iPhone. Quem tem oportunidade de usar os dois juntos pode atestar.
Da mesma forma não se pode negar que o iPhone impactou o mercado e os fabricantes de celular de tal forma que a própria forma de se usar o aparelho no dia-a-dia se alterou. A tela capacitiva multi-toque da Apple reformulou a interface dos aparelhos de mão. Agora não é mais uma questão de se lutar com um minúsculo trackball ou joystick dos tempos do Atari para navegar nas intrincadas e labirínticas árvores de menu dos celulares. Agora basta tocar o ícone.
E não foi somente isso. O iPhone foi o primeiro aparelho que integrou a internet — a vida “nas nuvens” — ao aparelho de mão.
É o aparelho que facilitou o acesso à informação instantaneamente, democratizou o papo-furado e tornou-o mais que um apêndice de nossas vidas pessoais. É um sexto sentido — sério mesmo — que ocupa lugar junto ao tato, olfato, paladar, audição e visão. É a telepatia — quase mediúnica — de se olhar presente, futuro e passado que nos permite falar com quem está longe, prever qual o clima da tarde e olhar as fotos do domingo passado.
Não é mais um celular que — olha só, navega na internet também. É um dispositivo que tem em suas entranhas a interatividade e a interconectividade. Diferente de um smartphone de outrora, o iPhone permite levar sua vida com você.
Hoje não basta que os aparelhos tirem foto ou reproduzam música. É necessário que ele se torne um microportal para a vida on-line. Hoje navegamos na internet, consultamos o saldo do banco, lemos nossos e-mails, recebemos SMS, tiramos fotografias e as compartilhamos, blogamos… Tudo da comodidade de nossos celulares. O iPhone agregou ao aparelho de mão popular as funções que antes eram reservadas a aparelhos de uso corporativo, com interfaces pouco amigáveis e uso complicado. Ele ofereceu ao público geral a capacidade de:
  • Navegar na internet e abre as páginas exatamente como um computador o faz (limitado por páginas em Flash);
  • Fazer e receber chamadas telefônicas;
  • Enviar e receber Mensagens Instantâneas SMS, MMS;
  • Enviar e receber e-mails;
  • Sincronizar e compartilhar informações (agendas, contatos, anotações);
  • Usar um GPS integrado (assistido em alguns modelos);
  • Tirar fotos;
  • Filmar (em alguns modelos);
  • Ouvir músicas, audiobooks, podcasts; assistir videocasts e vídeos;
  • Comprar e/ou instalar aplicativos que acrescentam mais recursos e aplicações ao aparelho (provindo de origem única, a AppStore);
Essas características existem em outros smartphones? Com certeza. Mas lembrem-se, estamos falando de 2007, quando o iPhone foi lançado. Se há smartphones melhores hoje, é porque o iPhone abriu o caminho.

iPod Touch

Em 2001 a Apple revolucionou o mercado dos reprodutores portáteis de áudio com o lançamento do iPod. Um reprodutor de áudio pequeno, caro, com interface esquisita e incompatível com o Windows. Vendeu como Churrasco Grego com Qsuco grátis.
A partir de então começa a corrida do MP3player — ou o reprodutor de música digital. Com a queda de preços dos Discos Rígidos e memórias flash, os dispositivos se difundiram e antigos hábitos se alteraram.
O iPod Touch é basicamente um MP3 player com vídeo e algo mais. Tendo um antepassado em comum com o iPhone, é similar em sua interface e operação. Basicamente é um iPhone sem o Phone. Ele não tem celular, GPS e em alguns modelos iniciais – câmera fotográfica.
O aparelho é menor, e tem basicamente as mesmas funçoes do iPhone – compartilhando inclusive o mesmo Sistema Operacional. Em termos de conectividade conta somente com o wifi e o Bluetooth. O acesso à AppStore confere ao iPod Touch a mesma possibilidade de se expandir seus recursos com a instalação de Aplicativos extras — inclusive jogos (disponíveis em AppStores específicas). Para pais que procuram uma alternativa mais barata ao iPhone que seus filhos querem, o iPod Touch se encaixa perfeitamente – desde que presenteado junto com um Motorola MotoCube por exemplo. Afinal adolescente fica sem uma perna, mas não sem celular.

iPad

Como o CEO da Apple, Steve Jobs, mesmo disse: o iPad é um iPhone tomando esteróides. É um computador de mão, estilo tablet, medindo cerca de 19,0 x 24,0 centímetros com as mesmas características do iPhone – com exceção do celular e da câmera fotográfica. Porta a mesma tela multitoque com a mesma sensibilidade e qualidade visual.
A recepção inicial do iPad não foi o sucesso absoluto esperado — mas com o tempo o aparelho caiu no gosto popular pelas exatas mesmas razões que o iPhone o fez: interface simples. Minha filha de 3 anos e minha mãe de 63 o usam sem sentir qualquer intimidação. O iPad permite — por seu tamanho avantajado — ao usuário executar tarefas com maior conforto e rapidez. Em geral tarefas que são grandes demais para a diminuta tela do iPhone e pequenas demais para exigir que você tire os 2,5kg de notebook da mochila e o ligue.
O iPad tem como itens de conectividade o wifi, bluetooth e conexão de dados celular 3G (sem chamadas de voz). Da mesma forma que o iPhone, tem acesso ao vasto acervo de aplicativos da AppStore — expandindo assim os recursos do aparelho.

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